terça-feira, 22 de outubro de 2013

Espelho meu, espelho meu, há pessoas com mais paciência do que eu?!


Quando digo não gostar de algo (coisas, lugares…), regra geral, tenho sempre uma justificação. Não costumo não gostar de algo só porque não. Tenho quase sempre um motivo. No entanto, raramente, posso não gostar de algo só porque não.  Simplesmente não gostar, sem razão, sem justificação.

Irrita-me quando, ao dizer que não gosto de algo (justificando ou não), as pessoas dizerem-me e insistirem que eu não gosto da coisa x ou do lugar y porque não vi bem ou porque não conheço muito bem, que se eu visse bem e conhecesse melhor iria gostar. Não é que não possa acontecer eu mudar de ideias. Porque pode.

Se só dissessem (sem imposições e insistências) para eu prestar mais atenção ou ver melhor a coisa x ou o lugar y não seria irritante. O problema é mesmo o facto de serem pessoas que não me conhecem bem, que não são minhas amigas ou familiares, e insistirem, depois da minha justificação, durante mais de 30 minutos sempre com os mesmos argumentos (os seus gostos pessoais). Assim, começam a ser irritantes, começam  a desrespeitar-me, a não respeitar que somos pessoas diferentes, que temos gostos diferentes e personalidades diferentes.

Irrita-me ainda mais o facto de, num momento muito importante da minha vida, quando tenho de fazer escolhas, as pessoas (que não são minhas familiares ou amigas) sugerirem-me algo (de acordo com os seus gostos) e, quando eu digo não me identificar e não gostar do que sugeriram, insistirem na ideia que eu tenho de ver melhor e que a sugestão que me deram é linda, maravilhosa e perfeita, mesmo após eu justificar que não me identifico pelo motivo x ou y.

Mas, mais irritante que tudo isto é o facto de as pessoas afirmarem (de uma forma muito convicta), mesmo depois da minha justificação, que sabem que se eu apreciar e conhecer melhor a coisa x ou o lugar y que eu vou adorar e, quando eu digo que isso não vai acontecer por todos os motivos que já indiquei, dizerem-me que não percebem como isso poderá acontecer, que não acreditam que não gostarei da coisa x ou do lugar y (como seu eu não soubesse do que gosto, como se tivessem de me dizer o que eu gosto).

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