segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sobre os meus posts "Yo non creo en brujas, pero que las hay, las hay"



Depois de dois posts ("Yo non creo en brujas, pero que las hay, las hay") publicados, algumas (duas) pessoas muito próximas de mim chamaram-me à atenção e disseram-me algo como: “Achas que a pessoa que tu falas nestes posts não irá saber da existência do teu blog um dia e que, quando souber da sua existência, se o ler, irá identificar-se com estes posts?”. Ao que eu respondi “E!?”. Ao que me perguntaram “E se não respondes nada pessoalmente para não gerar conflito, assumindo portanto uma posição passiva, achas que se ela ler estes posts não irá gerar o conflito que evitas e evitaste durante anos?”

Agora, dizendo por partes, o que eu penso acerca deste assunto:

De facto, cara a cara eu assumo uma atitude passiva e não respondo porque sei que, se respondesse, iria exaltar-me (porque é impossível ser assertivo com pessoas deste tipo) e, muito provavelmente, iria perder a razão. Assim, como tenho de conviver diariamente com esta pessoa, interiorizei que o melhor é ignorar certos comentários e determinadas atitudes (o que não faz com que eu não fique chateada, que não comente com outras pessoas a minha indignação e que não publique no blog os diálogos que me deixam indignada e chateada).

Acho que só devemos dizer os nossos sentimentos (principalmente aquilo que nos magoa e que nos deixa feridos) às pessoas que achamos que valem a pena, às pessoas que gostamos e que achamos que gostam de nós. O que neste caso não se aplica. Nota-se, nas suas respostas e atitudes, que ela não gosta de mim e que, após tantas situações e respostas desagradáveis, eu também acabei por passar a não gostar dela e portanto, acho que é uma pessoa que não vale as minhas respostas, a minha exaltação e muito menos a minha assertividade e sinceridade.

Se eu achasse que, ao agir de forma assertiva, a pessoa em questão iria alterar o seu comportamento para comigo, eu agiria de forma assertiva e dir-lhe-ia o que penso. Mas, conhecendo o que conheço desta pessoa, ao dizer-lhe (mesmo de forma assertiva) o que penso (como aliás algumas vezes aconteceu), ela iria ouvir, responder, exaltar-me e continuar no dia seguinte a ser a pessoa desagradável que sempre foi para mim.

Escrever no blog estes diálogos é uma forma de desabafo e também, para ser verdadeiramente sincera, uma forma de diversão, porque muitas destas respostas, depois da irritação, dão-me vontade para rir porque de facto eu pensava que pessoas e respostas destas só existiam nos filmes.

Assim, se algum dia (embora ache muito pouco provável) ela tiver conhecimento do meu blog, se o ler e identificar-se com estes posts, tenho esperanças que pare para refletir, para pensar e para rever os seus comportamentos (até porque acho que a leitura tem o efeito de interiorização e reflexão, o que muitas vezes não acontece quando ouvimos algo).

Se, ao contrário do que eu penso, ela tiver conhecimento da existência do meu blog, se o ler e vier confrontar-me com os posts que dizem respeito à sua pessoa, eu só terei de admitir (ou não) que aqueles posts referem-se a ela e dizer-lhe que ao longo dos anos ela tem sido, maioritariamente, desagradável, embora algumas vezes tenha momentos de simpatia. O que me leva a crer ou que tem uma doença bipolar e que portanto precisa de ser tratada ou que deve sentir-se, em determinados dias ou horas do dia, frustrada (com as coisas dela que não me dizem respeito) e que vem descarregar em cima de mim as suas frustrações.

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